Eleito para comandar o País a partir de 1º de janeiro de 2019, Bolsonaro terá de ditar os rumos da Nação. Como se sabe, a crise econômica brasileira está atrelada à crise política. Para o mercado, o nome de Bolsonaro se fez mais atraente, mas, ao mesmo tempo, o panorama favorável pode ser alterado se as primeiras medidas não forem a contento.
No campo da economia, uma pendência é a reforma da Previdência. O descontrole das contas públicas foi um dos principais fatores para a atual crise. Mas essa conta será difícil de fechar. Estudos da Previdência apontam que um beneficiário militar federal custa 16 vezes mais do que um segurado do INSS. Bolsonaro é militar e boa parte do seu grupo político é vinculado às Forças Armadas ou de segurança dos Estados. Difícil imaginar a redução de direitos deste grupo, mas haverá resistência se a reforma retirar direitos apenas dos trabalhadores vinculados à CLT.
No campo da segurança pública (embora seja responsabilidade dos Estados), a situação também é complexa. Na Saúde e na Educação, também pesa a falta de recursos financeiros. A tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) está defasada. Qual é a fórmula? Agora é com Bolsonaro e a equipe que virá a formar, que além de buscarem estas respostas terão de pavimentar caminhos que levem à união do País. O desafio é gigantesco. Que tenham êxito.
Marcos Paulo de Souza
Presidente da ACE